Outono

Manhã de luz tíbia e calor tímido.

Outono: a decrepitute que antecipa e prepara um novo recomeço.

Aqueles caquis doces alaranjados comidos diretamente do pé, colhidos por suas mãos, me deram na boca o gosto do paraíso.

Pouco a pouco os ninhos das andorinhas se desfalecem, seguindo a lógica da vida.

As folhas caem, sem resistência ao vento e a gravidade atraente, com a consciência tranquila, pois sabem que seu papel já foi cumprindo.

Ensinam silênciosa e humildemente aquilo que os homens esqueceram.

Eu, deixo o outono, como os passáros, vou em direção ao calor do seu afeto.




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