Memórias resgatadas

Caderno I

Inofensivo,
alvo e leve.
Assim como uma folha de papel.
Cortou-me, quando nele tentei escrever uma história.



Toda minha pele exala desejos, vontades, ansiedades.
Socorro!
Algo que me contente. Há?
Sustente, satisfaça.
Estou confusa.
Tantas palavras para dizer.
Tantas sensações entrando pelos meus olhos.
Tudo me faz desejar.
Será a idade?
O tempo?
A situação?



Divagar
vagarosamente
em lembranças vagas
que vagam na mente.


O que as pessoas querem ouvir falar?
O que dá prazer ler?
Sobre amor, sexo, política, tragédia?
Que tal falar sobre o riso?
Sobre o olho no olho.
Sobre a afirmação pessoal.
Talvez usar a alegoria de um palhaço.
O valor dos sentidos e o exagero da racionalização.


Apaguem a luz da minha existência racional.
Ela está ocultando a beleza da sensação.






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