Catarse Primaveril

O céu rugi parindo a chuva que molha e arrefece as entranhas da terra.

Uma libélula bêbada em vôo sem rumo busca um abrigo tranquilo na selva de pedra.

Em seu sonho embriagado, paira suavemente por entre flôres tropicais.

Sua estrutura leve lhe permite percorrer o espaço sem barreiras e o tempo nada mais é o rio que flui sem pressa de chegar.

A tempestade humedece e refresca o asfalto quente e gastado.

A natureza reclama o espaço roubado.

O comprimisso se atrasa, o guarda-chuva quebra, o trânsito pára, a luz se acaba, o casal se ama, a criança observa pela janela, a roupa se lava no varal...

Enquanto a vida se rega e o céu se liberta, a libélula repousa, plena e serena, em seu ser.

2 comentários:

marcelantoni disse...

em que se branda as flores tropicais
luzindo a luz de outros trópicos


vento e flores em teu camino

Neus disse...

Mi querida niña... esta poesía es el reflejo de tu alma que observa, asimila, analiza, reflexiona...
Sigue pariendo versos, Ju, permite que todos observemos con tus ojos el paisaje que se desarrolla ante tí.
Gracias por este, y espero más!!!
Un besote.